| > >O GALO
> >
> >Era uma vez um fazendeiro que tinha um galinheiro com 180 galinhas e
estava
> >procurando um bom galo para produzir ovos. Um belo dia, o fazendeiro vai
> >até
> >o povoado, entra na galeria e diz para o galeiro:
> >- Boa tarde! Procuro um bom galo capaz de cobrir todas minhas galinhas.
> >O galeiro responde:
> >- Quantas galinhas tens?
> >- 180, diz o fazendeiro.
> >Então o galeiro puxa uma gaiola com um galo enorme, musculoso, com a
crista
> >de pé, olhos azuis e uma tatuagem dos Rolling Stones no peito, e diz para
o
> >fazendeiro:
> >- Leva esse aqui, o Pedrão, ele não falha.
> >O fazendeiro leva o galo e no dia seguinte, pela manha, solta o galo no
> >galinheiro. O galo sai correndo, pega a primeira galinha, e dá duas sem
> >tirar, pega a segunda, dá a primeira, e quando estava na segunda... cai
> >morto.
> >O fazendeiro olha e diz:
> >- Aquele galeiro filho da puta, este galo comeu duas galinhas e capotou.
> >Então, pegou o galo pelo pescoço e levou-o ate o galeiro e contou o que
> >aconteceu. O galeiro se desculpou apresentando-lhe outro galo.
> >Este era preto, de crista amarela, olhos negros e tênis da Nike. E diz
para
> >o fazendeiro:
> >- Esse aqui é o Rodman. Dá uma olhada no trabalho dele depois me conta.
> >O fazendeiro volta pra fazenda com o galo e repete a manobra: solta o
bicho
> >no galinheiro, o galo sai alucinado, come a primeira galinha de pé, pega
a
> >segunda e traça-a encostada na cerca, com a terceira ele faz um 69 e
quando
> >esta bombando a quarta, cai morto no meio do galinheiro.
> >O fazendeiro, emputecido, pega o galo e vai falar com o galeiro:
> >- Escuta aqui, ô filho de uma put@, é o segundo galo que tu me vendes e
que
> >não presta pra nada. É melhor você me vender um galo decente ou vou tocar
> >fogo em tudo aqui, sacou cara!
> >Então o galeiro mostra-lhe um galo miúdo, pelado, cabeçudo, sem crista
nem
> >penas, com olheiras, corcunda, com tênis Bamba de lona e uma camisa azul
> >clara com os dizeres "Maracanã 1950" e diz ao fazendeiro:
> >- Olha, é só o que me resta. O nome dele é Severino.
> >- Que merd@ vou fazer com este galo cearense todo fudido...
> >Chegando à fazenda solta o Severino no galinheiro. O galo arranca a
camisa
> >e
> >sai enlouquecido comendo todas as 180 galinhas. Dá uma respirada e come
as
> >180 de novo. Sai correndo e enr@b@ o pastor alemão, aí o fazendeiro pega
> >ele, dá dois sopapos para acalmá-lo e tranca-o na gaiola.
> >- Porr@, que fenômeno é este galo! pensa o fazendeiro.
> >As galinhas estavam enlouquecidas com o Severino. O zum zum zum no
> >galinheiro era grande:
> >- Que o Severino é isto..., que o Severino é aquilo..., Uma loucura
total.
> >Todas as galinhas estavam querendo mudar-se pra Juazeiro do Norte (terra
> >natal de Severino).
> >No dia seguinte solta o bicho de novo, o Severino sai levantando poeira.
> >Dá duas voltas no galinheiro faturando tudo que é buraco com penas que
> >encontra pelo caminho, sai correndo e come o cachorro, o porco e vacas. O
> >fazendeiro corre atrás, pega ele pelo pescoço, dá umas chacoalhadas para
> >acalmá-lo e joga ele na gaiola.
> >- Que galo sacana, vai me cobrir a fazenda inteira! - diz o fazendeiro
todo
> >satisfeito.
> >No dia seguinte, vai buscar o galo e encontra a jaula toda arrebentada.
> >- Meu Deus! Severino fugiu!
> >Sai correndo para o galinheiro e encontra todas as galinhas fumando e
> >assobiando, lá fora o porco com o r@bo para o sol, as duas vacas deitadas
> >no
> >chão com a pererec@ vermelha falando no Severino, o cachorro com a bund@
> >assada, e pensa:
> >- Ele vai comer o gado do vizinho, vão me matar!
> >Então pega o cavalo e sai procurando o Severino sem descanso, seguindo as
> >pistas deixadas por ele (cabras suspirando, bodes passando hipoglós na
> >bund@, uma tartaruga que perdeu o casco no tranco, um touro provando
> >lingerie, três capivaras mancando, um pônei sentado no gelo, um bambi
> >curando
> >as hemorróid@s...) até que, de repente, à distância, vê o Severino caído
no
> >chão.
> >Uma cena aterradora! O Severino estirado, sem movimentos.
> >E os abutres voando em círculos em cima do Severino, babando de fome!
> >Quando viu os abutres sobrevoando, o fazendeiro entendeu a situação.
> >Foi chegando perto dele e dizendo:
> >- Nãaaaooooo, Severinoooooo! Morreuuu o Severinoooo! Logo agora que tinha
> >encontrado um galo de verdade! ... e no meio do lamento, cuidadosamente o
> >Severino abre um olho, olha para o fazendeiro, pisca e diz:
> >- Shhhhhhhhh! Fica quieto cabra, que eles estão quase descendo...
> | |