Joãozinho morava na fazenda. Todos os dias, pela
manhã, ele ficava à beira da rodovia para pegar o
coletivo para estudar na cidade.
Certo dia, ele chega atrasado ao ponto e, perdendo
o coletivo, teve que pedir carona.
Um caminhoneiro, ao passar no local, viu aquele
menino pedindo carona e resolveu ajudá-lo.
Ao entrar no caminhão, Joãzinho, muito curioso,
achou aquele caminhão muito interessante e tudo
que via, por dentro e por fora do caminhão, foi
logo perguntando o que é e para que serve.
Joãozinho: "Moço, o que é isto e para que serve?"
Caminhoneiro: "Bom, isto é o volante. Ele serve
para direcionar o caminhão para onde quero ir."
Joãozinho: "Ah... E isto aqui, o que é?"
Caminhoneiro: "Isto é o retrovisor. Ele serve para
observar o trânsito atrás do caminhão, ver se vem
algum carro nas ultrapassagens, etc."
Depois de algumas horas de perguntas, Joãzinho,
apontando para aqueles enfeites de prata que ficam
na ponta da frente do caminhão, pergunta:
"O que é aquela águia de prata?"
E o caminhoneiro, já irritado, responde:
"Aquilo serve como uma mira. Quando alguém estiver
pedindo carona, eu atropelo a pessoa, sem erro!"
Ao dizer isto, uma senhora idosa, logo à frente,
aparece pedindo carona, e o caminhoneiro resolve
passar um susto em Joãozinho. Ele joga o caminhão
na direção daquela senhora e, ao se aproximar,
joga o caminhão de volta à rodovia. Ao realizar
tal proeza, o caminhoneiro disse:
"Viu, eu estava apenas testando a minha mira."
E Joãozinho, com semblante maléfico, disse:
"Você está muito ruim de mira. Se eu não tivesse
aberto a porta, não teríamos acertado aquela
senhora."