| DIÁRIO DA CARLA PEREZ
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> > > Caro diariu,
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> > > Tenho uma novidade pra contar : comprei um carro novo !
> > > Ele é uma grassinha, como diria a Ébe! Todo azulzinho, tem uns bancos
> > massios, um hespelho retrovizor enorme para eu pentiar os cabelo, um motor
> > de não sei quantos cavalo, mas sei que é bastante! Alem do mais, o carro
> > esta totaumente equipado: tem rodas de leite de magnézia, volante de
> loteria
> > esportiva, faróis de milho, câmbio negro, vidros fumê, alarme de insêndio,
> > xave de braço, espelho no této, e tantas outras coizas, enfim, é o carro
> que
> > eu sonhava desde 88 : um Chevete 88.
> > > Alen do mais, eu tive uma sorte danada ! Quando fui lissençiar o carro,
> um
> > mosso muito do bacaninha me atendel, todo solíçito:
> > > - Qual a placa que a senhora prefére ?
> > > - Daquelas branquinha - eu respondi - Detesto aquelas placa vermelha!
> > > - Mas qual o número ? - perguntou ele, com um sorrizo limdo.
> > > - 9904, espera aí que eu esquessi! Não consigo guardar o número do meu
> > selular!
> > > - Não, mossa! Qual o finau da placa que a senhora quer ?
> > > Como eu estava dura, fui logo perguntãdo:
> > > - Qual a mais barata ?
> > > - São toda o mezmo presso - ele me esplicou. - Mas a gente pergunta por
> > cauza do rodísio. Os carro com placa finals 1 e 2 não pode rodar as
> segunda,
> > as placa 3 e 4 não rodam as terssa, as placa 5 e 6 não rodam as quarta e
> > asim por diante.
> > > - Ah! Entendi! - eu dice. E como sou muito espérta, cauculei na minha
> > cabessa: as placa 7 e 8 não rodam as quinta e as placa 9 e 10 não roda nas
> > cesta.
> > > - Então, eu quero finau 11 ! - dessidi.
> > > Ele fez uma carinha engrassada e depois falol:
> > > - A senhora é realmente muito es-perta, heim, dôna! Vou ver o que posso
> > fazer! Mãs, não vai cer fásiu!
> > > Jente! E não é ke ele conseguil uma placa finau 11! Vou ficar livre do
> > rodísio!
> > > Ta serto que ele queria uma gorgeta, mas eu me fis de durona e não dei!
> > > Joguei um xarminho pra cima dele e alen dele me despençar da gorgeta ele
> > me pagou um jantar num moteu. E ainda paçou a noite inteira dizendo que eu
> é
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> > que çou boa! Não é o mássimo?
> > > Agora vô durmi. | |