| Após um naufrágio no Pacífico, três homens batem, exaustos, numa ilha cujos habitantes, temíveis canibais, usam a pele humana de inimigos e forasteiros para fabricar canoas. Um deles, antropólogo, consegue negociar com o chefe da tribo:
— Muito bem, vocês podem fazer qualquer tipo de pedido — concede o chefe. — Se pudermos atendê-los, vocês morrem. Caso contrário, estarão livres para ir embora.
Após o sorteio, o primeiro pede, espertamente:
— Quero um vinho Liebfraumilch, safra 99, geladinho.
Canibaizinhos correm, levantando poeira. Em meia hora voltam com o vinho no ponto e o homem é esfolado. O segundo tenta outra tática:
— Quero comer escargots dando voltas na ilha a bordo de um Citroën.
De novo corre-corre, buzinadas. O homem dá sua volta, come os bichinhos mas também vira canoa. Chega a vez do último:
— Quero um garfo, quero um garfo — grita ao lado dos despojos dos companheiros.
Os canibais, sem nada entender, lhe dão o tal garfo.
O homem nem pisca. Passa a desferir garfadas na barriga, nas pernas e braços, gritando:
— Vai fazer canoa o cacete. | |