| A aeromoça já não agüentava mais, já estava perdendo as estribeiras com Seu Manuel que, tendo um bilhete de classe econômica, insistia em permanecer sentado num assento da classe executiva.
- Mas, oh, raios!!! E não é tudo a mesma coisa? Em Portugal eu pego o auto-carro, sento em qualquer lugar, e não tem problema. Por que é que no avião é assim? Depois o brasileiro diz que é Português que é burro, oh, raios...
Tendo esgotado todos os recursos possíveis de diplomacia, a aeromoça chamou o comandante, explicou a situação, e ele, calmamente foi ao encontro do Seu Manuel, cochichou algo no ouvido dele e o patrício, imediatamente, se levantou e foi para a classe econômica, sem maiores problemas. A aeromoça, então, intrigada perguntou:
- Mas o que foi que você disse ao Seu Manuel? Como foi que você conseguiu convencê-lo tão rapidamente?
- Eu lhe disse que a classe executiva não pára em Lisboa... | |